As constelações surgiram na Europa e se desenvolveram nas mesmas regiões onde a psicologia também se desenvolveu, em países como Suécia, Áustria, Alemanha e Dinamarca.
Com o advento da 1º e da 2º guerras mundiais, muitos dos intelectuais desses países encontraram exílio nos Estados Unidos da América, assim as constelações ampliaram seu território para outro continente. Os estudos na matemática e na física sobre a teoria dos conjuntos e dos sistemas começaram a ser aplicados na biologia e na sociologia no final do século XIX. Também nesse período a Psicologia como área do conhecimento se estabeleceu. No início dos anos 1900, a Psicologia passou a ser aplicada a grupos humanos, surgindo assim as Terapias de Grupo, a Psicologia Social e a Psicologia comunitária. Entre os pioneiros dessas linhas terapêuticas de grupo, que precederam as Constelações Sistêmicas como conhecemos hoje, estão a Constelação Fraternal com Albert Alder (1870/ Áustria - 1937/ Reino Unido), a Gestalt Terapia com Frederich Salon Perls (1883/ Alemanha – 1970/Estados Unidos). o Psicodrama com Jacob Levy Moreno (1889/ Romênia – 1974/ Estados Unidos), a Análise Transacional com Eric Bern (1910 – 1970 / Canadá) e a Constelação Familiar com Virginia Satir (1916 – 1988/Estados Unidos). Virginia Satir (1916 – 1988) criou e desenvolveu o campo da Terapia Familiar, utilizando a sistêmica e o termo “Constelação Familiar” para descrever dinâmicas específicas em sua prática. Trinta anos mais tarde, Bert Hellinger, faz sua contribuição decisiva às Terapias Familiares, apresentando as “Ordens do Amor” ou as "Três Leis Sistêmicas". Ele parte da Fenomenologia e não unicamente da Sistêmica para trabalhar com o que vem a batizar de a “nova” Constelação Familiar. Para quem deseja conhecer a produção intelectual desses autores basilares, recomendo os títulos clássicos: Hellinger, Bert (2001). Ordens do Amor: um guia para o trabalho com constelações familiares (Ed. Cultrix,2003); Satir V; Baldwin M (1983). Terapia familiar paso a paso (Editorial Pax México, 2001).